Em tempos de exploração desmedida dos ecossistemas, ações ilegais de garimpos e madeireiras, queimadas e pandemias geradas pela ação destrutiva contra a natureza, Samaúma vem somar esforços aos movimentos que buscam ampliar a voz dos povos da floresta.
Há uma preocupação urgente no planeta quanto ao consumo desenfreado e à destruição recorrente da natureza que nos leva a repensar nosso modelo de vida. Precisamos evoluir para uma sociedade mais consciente e menos egoísta. Todas as nossas ações tem impacto no meio ambiente, a floresta não está distante, ela está mais perto de nós do que imaginamos.
O livro nasceu aos pés da grande samaúma, no coração da floresta amazônica e contou com o auxílio dos pajés da tribo Shanenawa, que relataram suas histórias, tradições e costumes. É a voz da floresta que ecoa nas páginas de Samaúma, unindo ficção e fatos históricos para contar uma história que nos mostra como estamos todos conectados. *parte dos recursos arrecadados com a campanha de lançamento retornou para aldeia Kane Maera no Acre.
A história
Tudo começa com uma semente lançada nos sonhos de Ravi. O universo xamânico da Amazônia se apresenta lentamente nos sonhos recorrentes que o levam a uma jornada de autoconhecimento e descoberta de uma cultura ancestral.
No coração da floresta ele vivencia experiências com as medicinas da floresta, ouve os mitos de criação dos povos originários, caminha entre árvores centenárias, emociona-se com as paisagens de seu mundo interior e se questiona sobre a realidade de sua vida.
Por meio de uma narrativa ágil e graficamente exuberante viajamos ao lado de Ravi, tanto nas viagens físicas quanto nas visões ritualísticas provocadas pelas plantas que incorporam o sentido do sagrado para os povos da floresta. O livro é dividido em quatro capítulos simbolicamente orientados para a jornada de Ravi. Iniciamos a caminhada no capítulo eshe (sementes); nos aprofundamos no capitulo tatxa (raízes); nos descobrimos no capítulo yuxi (espírito) e nos revelamos no capítulo nevureve (entre nós).
Ouça esse chamado
E assim, além das descobertas de Ravi, conhecemos o povo do pássaro azul, sua jornada por seringais, antes de suas terras serem demarcadas, e seus embates com missionários que tentavam desacreditar sua cultura. Descobrimos como combinaram um cipó e uma planta para fazer um chá capaz de expandir a consciência, conhecemos o sopro do rapé e outras medicinas naturais e nos aprofundamos nos mistérios sagrados da grande samaúma, nos cantos rituais, nos instrumentos de poder e nos kenes: desenhos das pinturas corporais.